Foi ao vir-me à memória, por um mero acaso ou uma indução de qualquer género de que não fui advertido, um artigo da Super Interessante, uma publicação do mais alto rigor científico-pedagógico, a nível nacional, que visava uma temática antropológica. Neste caso concreto, a confiança que depositamos em outrem.


Assim, e a partir do dia de hoje, sempre que me aprouver e, obviamente, seja a minha mente assombrada por alguma ideia rutilante, farei o favor de publicar uma nova edição deste espaço, assim como espero tornar a regularidade do “Best of Desciclopédia”, algo que espero compreendam, visto as circunstâncias sazonais, que canalizam, facilmente, ao ócio barato.
Eximindo-me de mais “palha”, bonita num texto lírico, mas enfadonha no contexto, passo à concretização da primeira edição deste espaço.

Imaginem a seguinte hipotética situação. Vocês faziam parte daquele grupo de cidadãos que procura prosperar através de actos ilícitos. Então, certo dia, com o auxílio de um companheiro de obro, decidem proceder ao malogrado assalto a um banco. De seguida, e de acordo com os procedimentos regulares das autoridades policiais, são presos preventivamente, enquanto aguardam julgamento em tribunal.


Certa manhã, vocês e o vosso amigo são chamados a interrogatório individual, durante o qual é-vos oferecida a proposta de denunciarem todas os outros crimes por vós cometidos, atribuindo-os ao vosso companheiro de labor sub-reptício, tendo a oportunidade de sair incólume do julgamento e com o cadastro "limpo".

É neste momento que surge o dilema. O que fazer? Aceitar a proposta, comprometer o vosso amigo e serem considerados inocentes? Ou consagrar a vossa amizade, assumir a culpa e pagar pela ilegalidade cometida, mantendo, igualmente, a integridade da vossa dignidade? Mas, antes de se precipitarem na decisão, coloquem outras hipóteses. E se estiver a ser oferecida a mesma proposta ao vosso amigo? Será que ele preza a vossa amizade a tal ponto de vos contar a verdade? Que também foi aliciado a tomar aquela atitude? E se a desconfiança vos levar a aceitar a proposta dos polícias? Não fará o vosso amigo o mesmo e, então, estarão, na mesma, ambos comprometidos? Não será esta uma jogada da polícia, para vos levar a confessar tudo levianamente? E, quais os vosso princípios, se é que são regidos por algum? O assumir de erros e total responsabilidade pela pena vos sentenciada? Ou a devassidão do vosso ser se alastra à fácil evasão a uns bons anos de encarceramento?




Agora, é convosco. Nesta situação problemática, que decisão tomariam?

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(Ou podes também fazer o contrário de tudo, mas arriscas-te a ver o teu comentário apagado! :D)
Vá agora deixa-te de merdas e comenta! ;)
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Blogger Menaia disse:
Eu tinha quase a certeza que o meu "compincha" me iria "foder" (por outras palavaras.. Iria-me denunciar) por isso tentaria "lixa-lo" primeiro! Ainda assim, isso depende mesmo na situação, como é óbvio aqui está-se a generalizar. Mas que é um dilema, lá isso é pura verdade!

Bom trabalho, army. ;)
24 de julho de 2009 às 09:57  
Blogger armyofufs disse:
Pois, Napster, o problema é que tu nunca saberias se lhe havia sido feita a mesma proposta, a não ser que ele te contasse depois. E ele poderia decidir por aceitá-la igualmente, e nesse caso não te diria nada, nem tu a ele, e seriam ambos punidos. ;)
24 de julho de 2009 às 14:41  
Blogger João Lopes disse:
Essa é complicada....
Mas acho que iria assumir os meus erros =/

Bom Trabalho ;)
25 de julho de 2009 às 15:50