Nostalgia é uma condição necessária à vida humana, levo-me a concluir isso mesmo quando falo com alguma pessoa com mais de 50 anos. “Ora, no meu tempo é que era bom, não haviam cá modernices, tudo era feito na hora e à custa de muito esforço” dizem a maioria das pessoas ocupantes desta restrita faixa etária, que por si só, merece o nosso respeito. Mas será que a normal linha evolutiva do ser humano levará o rumo correcto? O posterior desenvolvimento da tecnologia, hábitos sociais e pessoais estará no bom caminho? A meu ver sim, e isso é algo que tentarei transmitir nas seguintes linhas de redacção.


O ser humano busca incansavelmente a perfeição. E é neste busca utópica a que dirige todas as suas forças e faculdades, que acaba por brotar algo que talvez até venha indirectamente, algo que inicialmente não constava nos planos do projecto inicial, mas que ocorre sempre que tentamos melhor algo: a evolução. Para o bem ou para o mal, não é hábito na nossa espécie estagnarmos e laborarmos sempre para apenas assegurarmos a nossa subsistência e criação de descendência. Não. Nós humanos buscámos sempre algo mais, e é isso que nos difere dos mais variados e restantes ocupantes deste planeta. Nunca nos contentámos com o bom, necessitamos sempre do óptimo. Fartámos com uma relativa pressa do actual nível social e tentámos sempre transitar para o seguinte. Há milhares de anos que assim é e daqui em diante, muito provavelmente, assim continuará.

Claro que com esta ideologia assente em parâmetros sociais futuristas, acabamos sempre por sentir a falta do passado. Até eu, com os meus humildes 16 anos de vida, sinto a falta de uma ou outra situação ou factor que decorria á uns anos, e que actualmente já não ocorre. Quem nunca desejou voltar a ouvir a música que passava naquela altura, ou quem não se lembra das viagens de carro a ouvir músicas em cassete no rádio, quando mesmo hoje possuímos um mp4? Simplesmente parece que não é a mesma magia, e isto leva-me a questionar se a evolução é algo absolutamente necessário ao progresso integral de uma pessoa.

Exemplo disso são os próprios desenhos animados. Na minha infância, recordo-me com alegria das manhãs passadas a ver Pokémon, Power Rangers, ou das tardes a ver pela 20ª vez aquela cassete de Dragoonball. Hoje em dia, é com desânimo que ocasionalmente vejo os meus primos a ver TV e olharem para um ecrã que embora contenha imagens 3D, opções de som e de fluidez todas xpto, não se assemelham em nada ao vício que era acompanhar todas as idas de Ash a um ginásio, ou a um combate de Vegeta.





Outro exemplo são as consolas. Desde há uns anos que adquiri uma PS2 e uma PSP, e talvez compre uma PS3. Mas mesmo com todos os jogos, mesmo com todas as inovações, portais on-line ou outras alterações a nível do foro tecnológico, nada ultrapassará as directas a jogar Mário na Nintendo 64, ou os combates de Pokémon na GameBoy, ou se quisermos recuar mais ainda, os níveis de Sonic nas consolas de 30 e tal bits, onde íamos às lojas chinesas comprar cartuchos demasiados grandes para essa mítica Sega e sarávamos o conteúdo não interessante…

Esse sentimento de Nostalgia nunca se perderá, por mais que sejam os anos. Mas trará isso consigo necessariamente a retrospectiva que a evolução é algo indesejado? De modo algum… Apenas é algo que se adapta às diferentes eras onde é inserida. Assim como para nós a GameBoy foi uma revolução que proporcionou horas imperdíveis de divertimento, para a presente geração que experimenta a infância a PSP ocupará muito provavelmente essa lugar, e provavelmente daqui a 10 anos, numa outra geração, outra consola será a responsável por isso.


O aumento da qualidade e sofisticação das coisas não é necessariamente algo mau, é apenas… diferente. As coisas têm um normal rumo de desenvolvimento, e enquanto nos enquadramos nos normais parâmetros da humanidade, continuará a ser assim. Queremos mais e melhor, mas isso não é mau.

“Se no meu tempo aquilo é que era bom”, hoje em dia é certamente diferente. Não melhor ou pior, simplesmente a evolução seguiu outro caminho. E, talvez desculpando a hipérbole empregue de seguida, a evolução traga de factos gostos melhores. No fundo: Who Knows?

Por esta semana é tudo, marcámos encontro Quarta, no local do costume ;)



O Prodígio
Knuckles


PS: A crónica apenas foi postada hoje pois passei o fim-de-semana fora, como tal ainda ando a acertar agenda. O meu dia continua logicamente a ser na Quarta.

PS1: A crónica foi feita um tanto ou nada à presa. Não tenho noção da qualidade ou falta dela. Apenas me lembrei do tema e os meus dedos sentiram uma enorme necessidade de redigir.

Etiquetas: ,

Qualquer tipo de publicidade e/ou comentário que tente denegrir a imagem de qualquer elemento/visitante deste blog será imediatamente apagado, sem aviso prévio.

Enviar um comentário

O quê? Já estamos a gravar? ups..
Olá pessoal!
É só para dizer para quando comentarem, não insultarem ninguém (a não ser que tenham razão :D), não fazer Pub., e principalmente não desiludir a vossa mãe, e ser bem-educado ;)
(Ou podes também fazer o contrário de tudo, mas arriscas-te a ver o teu comentário apagado! :D)
Vá agora deixa-te de merdas e comenta! ;)
Thanks!

Blogger armyofufs disse:
Bem, está um texto deveras realista e suficientemente profundo. Já para não referir a qualidade linguística, que essa é inegável, caro Knuckles.

De facto, e ao contrário do que muitos "visionários" pensam, concordo quando dizes (ou pretendes transmitir) que a nostalgia não é incompatível com a evolução. Em maior ou menos grau, é até inevitável.

Fica bem ;)
24 de julho de 2009 às 09:51  
Blogger Menaia disse:
Apenas me resta dizer que fizeste um bom trabalho. No que diz respeito ao tema, esse, concordo absolutamente contigo.

"“Se no meu tempo aquilo é que era bom”, hoje em dia é certamente diferente. Não melhor ou pior, simplesmente a evolução seguiu outro caminho": está tudo dito. :)

Grande, soberbo artigo. :D
24 de julho de 2009 às 10:37  
Anonymous Anónimo disse:
Dude!
You're Old!

xD

Nice Article!
25 de julho de 2009 às 00:27  
Blogger João Lopes disse:
"Nunca nos contentámos com o bom, necessitamos sempre do óptimo."

E é o óptimo que nos faz avançar.

Gostei bastante do texto, então o tema adorei.
Quarta vou tentar ver o teu outro texto ;)
25 de julho de 2009 às 15:46