GRINDHOUSE PARTE 1 – DEATH PROOF

Avaliação de Grindhouse: ***** [Excelente]

Avaliação de Death Proof : **** [Muito Bom]

O melhor: Anos 70 ao rubro!

O pior: Há quem pense que aquilo não é arte!

Melhor cena: O grupo das meninas ;)

Melhor frase: "It's better than safe. It's death proof.”

O que é? – Grindhouse é uma parceria entre Quentin Tarantino e Robert Rodriguez com o objectivo de reavivar e dar o valor necessário ao género de terror que assistiam em crianças; assim, cada um criou um filme com as mesmas características e inúmeras “mensagens subliminares” referentes a antigos filmes.

Opinião: Quando ouvi falar em “Grindhouse”, uma parceria entre Quentin Tarantino e Robert Rodriguez, fiquei excêntrico! O génio de Pulp Fiction e Kill Bill, e o criador da cidade do pecado, Sin City, meu (ex) -ídolo dos tempos de “Spy Kids” juntam-se então neste projecto, que me chamou mais à atenção quando soube que era um projecto de terror: admitamos, Tarantino e Rodriguez conseguem transformar em arte um filme de terror! Como se não fosse suficiente… o filme é inspirado nas histórias de terror de quando ambos ainda eram crianças e adolescentes, o que significa que o filme é totalmente “anos 70”. QUE HISTERIA!! Matematicamente, portanto, temos Tarantino + Rodriguez + Terror + Anos 70 [pode-se acrescentar + Fergie em Planet Horror :P] = Perfeição!

Tarantino presenteia-nos com uma manhã bastante “Reservoir Dogs”, onde 3 meninas inocentes (mas perigosas!) tomam o seu café… A sua sensualidade é envolvida no calor da noite, onde Austin (Sydney Tamiia Poitier) se diverte com as suas duas melhores amigas… Sensualidade, troca de olhares e uma atracção quase implacável por todOs Os frequentadorEs dos bares do Texas (Claro que tinha que ser Texas!! Tarantino, anos 70…) chama a atenção a um homem em especial, Stuntman Mike (Kurt Russell), um “anjo” que se esconde atrás do seu volante, dentro do seu carro… “Safe? Better than safe; DEATH PROOF!”. Mas nem tudo é o que parece, este anjo não é tão angélico como o diabo, é realmente macabro, e vai fazer de tudo para encontrar o prazer ao matar as 3 belas amigas! 3 raparigas, sedutoras, no Texas, rebeldes, inocentes e têm um objectivo: fugir do assassino…ou matá-lo!

Death Proof é realmente inesquecível! Não é nenhum “Pulp Fiction” nem nenhum “Kill Bill”, mas é mais um filme memorável! Honestamente, não é um filme – ao contrário de Planeta Terror – que dê para comentar muito, mas vou tentar dar o meu melhor. Em termos de história é um pouco fraca, na minha opinião; talvez porque aqui o que interessa não é tanto a história, é mais a maneira como é encarada. Ou talvez eu não entenda nada de histórias dos seus tempos de crianças. Mas, sinceramente, parece-me que o realizador concentrou-se tanto no guião, tanto nas personagens, tanto em transformar aquele filme numa perfeição 70 e em todo o resto, que esqueceu-se um pouco do resto. Sim, porque em todos esses termos o filme está realmente interessante! Vejamos por exemplo o guião. Ele tem tanto de irreal como de extraordinário, e ao mesmo tempo envolvente. As personagens, aquelas divãs inesquecíveis, quase Monroes (vá, não exageremos :P), possuem-nos o cérebro e a alma. A maneira de vestir, de falar, de seduzirem… tudo nelas é incrivelmente misterioso, incrivelmente diferente e genial, que até nos dá vontade de viver naquele tempo: tudo mais sedutor, tudo mais sensual, tudo mais interessante… Talvez o presente seja um tempo libidinoso para todos os que vivem naquele espaço… Mas contamos ainda com uma dança erótica, não se preocupem! Para mim foi mesmo isto que Tarantino fez de melhor no seu filme, transformar uma realidade pouco e tão menos presente numa realidade encantadora e bastante interessante, já morta, dentro de um clima de sangue, morte e terror!