The TaL Halloween party: Parte 1 :: publicado por Knuckles.
Sim, a resolução desses teasers misteriosos, que tantas horas dedicadas ao sono tiraram por estes lados esta semana. Sou a incógnita daqueles que se atreveram a dispensar uns minutos a pensar quem seria a ilustre personagem, por detrás de todo o árduo trabalho do Jippy.
Para principiar a resolução dos teasers:
Primeira, a forte referência a Londres, país onde tenho fortes relações familiares, onde já passei grande parte do meu tempo e visito frequente, inclusive esta última interrupção do percurso lectivo;
A referência a Alex DeLarge de Laranja mecânica, filme cujo enredo e caracterização psicológica da personagem principal simplesmente me deliciou;
E para findar a musica de Drum and Bass, um remix de Pordigy-Omen, proporcionado pelos nossos amigos e produtores holandeses Noisia, para quem me conhece, um género musical que aprecio particularmente (já para não falar que este género conhece o seu máximo apogeu na louca noite londrina).
Convém ainda agradecer ao Jippy todo o trabalho que teve em fazer esta panóplia de trocadilhos cerebrais, em função da minha pessoa. É de facto gratificante ver o nosso trabalho e escrita apreciados desta maneira.
Mas voltando ao artigo, que é para isso que aqui estou, hoje debruçarme-ei (espero, no sentido literal) acerca da insólita noite de 31 de Outubro, consequente história e tradição deste dia tenebroso, que percorre a nossa vida num ápice, faixa etária acima, desde o tradicional “doce ou partida” até às actuais festas de disfarces, com muito álcool e diversão à mistura na mesa.
Halloween- Introdução (por assim dizer)
Dia das Bruxa ou Halloween, leiam o vocábulo com o qual mais se identifiquem ou acham quem nutrem um especial interesse, é uma festividade anual, que conta com diversas celebrações por esse mundo fora. A sua rotineira festividade iniciasse nos países anglo-saxónicos (com fortes ligações religiosas ou históricas), mas com o passar dos anos, veio a tornar-se um pouco de humor, num escuro aspecto da destreza dos horrores.
A festividade exerce o seu auge em países como os EUA, Inglaterra, Irlanda ou Canadá, onde o mito de facto ganha forma, e assume contornos intensos no meio social. O famoso:” trick or treat” é já uma expressão básica no dicionário inglês, mas as coisas nem sempre começaram por assumir estas abstractas formas.
Segundo relatos históricos, o costume de se disfarçar, nestes dias, advém do século XIV e XV. Em terras de França, terá nascido este costume, mas não com a representatividade actual. Ao invés, estes disfarces derivavam de um pavor austero às mortes relativas à peste negra, uma das maiores epidemias do século que havia já dizimado milhões de vidas pelo velho Continente, criando na população católica um grande temor e receio com a última etapa do ciclo humano: a morte. Para além do aumento das missas, multiplicaram-se as expressões artísticas adoptadas para criar nas populações um maior sentimento de segurança relativamente ao seu pavor, e daí nasceu o costume de se sentirem, de facto, na pele de quem já não vive.
Num carácter mais satírico, que provavelmente prolongou a inaudita corrente artística até aos contornos actuais, eram representadas pinturas, nessas infames noites, em cemitérios, onde aparecia geralmente o Diabo, descendo para as profundezas da Terra, carregando consigo várias personagens em forma de sinédoque das diversas classes socais: um rei, uma dama, um cavaleiro, um camponês, um ferreiro, ou um padeiro, dando a entender que às leis da natureza física, o estatuto não importava.
A coisa assumiu um carácter ainda mais “des-formal” aquando a tradição dos membros da classe baixa de se disfarçarem de personalidades famosas, como que buscando uma morte, para estas fútil existências.
Doce ou Partida? (cerveja?)
A frase mais característica do Halloween. É como que, associar uma marca a um slogan. Simplesmente, empregando a comparação banal da nossa ilustre literatura, assenta que nem uma luva.
Relatos históricos indicam que esta tradição terá começado pelos lados das Terras de sua majestade (desculpas-me Uncle Sam?), no período da perseguição protestante contra os católicos. De facto, esta tradição só chegou aos americanos, levada pelos colonos aquando a finalização das guerras de independência.
Mas regressando à questão fundamental, a questão terá ganho ânimo nos contornos sociais supracitados. Ao que parece, a realização de missas, ou qualquer festividade religiosa era um passaporte gratuito para a corda redonda ou talvez para a lâmina da guilhotina, e relatam os factos que milhares de sacerdotes foram martirizados. Para serem eufemísticos, parece que os ingleses, como não querendo sujar muito as mãos, ainda aplicavam taxas exorbitantes e grandes privações sociais a quem clamasse ser cristão.
Para reclamarem os seus direitos cívicos, os cristãos ingleses organizaram um movimento nas sombras, apelidado de Gunpowder Plot (“Conspiração da pólvora”), que culminaria com a morte do rei protestante, D. Jorge I, apanhando pelo meio da expulsão, uns quantos membros do Parlamento. Contudo, toda a operação caiu por água, quando um cristão de nome Guy Fawkes foi descoberto em casa com uma grande quantidade de pólvora, o que lhe deu o direito a uma visita guiada pela corda e pelo poste no dia seguinte (sim, foi enforcado).
O mártir tem este dia dedicado a si, e para manter a tradição o mais fidedigna da realidade, começou a ser tradição os protestantes vestirem máscaras e disfarces e pedirem cerveja ou pastéis (assim está bem, hein?) nas portas cristãs, usando como expressão interrogativa comum o segmento: trick or treat?
Assim sendo a festa de Halloween é um conjunto de ancestrais festividades, encarnadas numa só, muitas das quais que lhe deram origem, já caíram em esquecimento na Europa.
A primeira parte está concluída, voltarei amanhã com uma breve referência histórica e algumas lendas, deste dia que tanto me agrada (sorriso sinistro, seguido de risada agoniante).
O tenebroso
Knuckles
Etiquetas: Halloween, Knuckles, The TaL Halloween party
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