Dizem que não dizem que sim, por vezes não se sabe, não há certezas, há apenas entre muitas a minha mais singela opinião. As fotografias guardam segredos místicos, devastadores, curiosos, ultrajes, e mil e tal adjectivos que poderiam identificar a fotografia, mas as ditas cujas será que mentem? A verdade é que as pessoas guardam fotografias, umas não sabem bem para quê, outras é só porque acham bonito, e outras têm motivos especiais, mas para quê? Mesmo que o motivo seja especialíssimo ela irá ficar abandonada, esperando que alguém infectado pela nostalgia lhe dê um toque, e se procurou aquela imagem que ficou eternamente gravada – diga-se eterna pois vista pela primeira vez recorda-se para sempre, ou pelo menos devia – a imagem que se mostra frágil ao mais pequeno olhar. É incrível como o ser humano é atroz, mau e hipócrita consigo mesmo, podendo ignorar as coisas mais simples do mundo por anos a fio, e de repente num dia lembra-se que uma coisa - especial ou não isso não tem relevo - aconteceu naquele dia, ou aliás pode até nem se lembrar da data, mas no fundo recordou aquele momento, mas para quê? Sentiu saudade do passado? O passado passou aquele momento foi recordado, o motivo na qual procura aquela fotografia pode ter um significado subjectivo, e o elemento central na qual se toca na foto para olhar a mesma até pode estar em terceiro plano, desde que o elemento brilhe para a pessoa... e digo, as fotografias não mentem, elas omitem por vezes, elas são verdadeiras para além de não possuírem uma vida, elas passam pela vida de muitas pessoas mas as próprias não têm vida, a fotografia é algo genial porque da mesma pode-se tirar a conclusão que bem lhe apetecer sem nunca ter ou não ter razão, sabe-se lá se era aquele o motivo ou não, neste momento já estou a mandar coisas para o ar, o pensamento que ao inicio se mostrara limpo e preparado para redigir mostra-se agora confuso, afinal as fotografias podem também provocar isto, confusão.

A juventude é extraordinária, a banalização das fotos foi das maiores coisas que aconteceu na camada jovem, eu não vou culpar as novas redes sociais não vou culpar ninguém nem mesmo a poderosa tecnologia, mas simplesmente aconteceu houve uma banalização que me deixou inquieto, porquê? Porque contribui para tal feito, não queria ou na altura não pensei mas aconteceu, aí está mais uma vez o ser humano é mau consigo mesmo. A fotografia não mente e a actualidade é prova disso, a fotografia é mostrada e tal como um “quadro” diga-se obra de arte para nós tem significado A para o autor pode ter significado Z e aí está a fotografia é obra de arte por isso mesmo ela omite coisas tal como um quadro, ela guarda segredos por vezes de caris pessoal mas que é publicamente mostrado sem nunca ninguém descobrir o que há ali.

Realmente por vezes a fotografia não deveria existir pois é mal tratada, e nada deve ser maltratado só deve ser se por justa e explicita causa e ainda assim deixa-me um pouco de lado.

Estas palavras desde o inicio parecem ter dado uma reviravolta, mas é mentira, não deram, e até se podem marimbar para o texto, mas pensem, afinal as fotografias mentem ou não? E ao pensarem tentem também encontrar o sentido de mentir neste contexto.

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