Quem conhece esta crónica e a lê habitualmente, sabe que desde o seu começo que tento denunciar certas situações de irresponsabilidade social e que muitas vezes contam com o desleixo da GNR mas também das entidades executivas locais.
Refiro-me em concreto às situações de controlo do trânsito, sinalização, estacionamento, mas acima de tudo, a falta de bom senso.
Acreditem que já pensei várias vezes em desistir de tanto “bater no ceguinho”, abordando constantemente a falta de educação, a falta de civismo, pois parece tratar-se de um caso perdido, tanto mais que as mentalidades não mudam e quem sou eu para vir para aqui barafustar e dizer o que é ou não correcto.
Gostava de perceber qual é a sensação de estacionar num local reservado a cidadãos portadores de deficiência, seja junto às piscinas municipais, nos hipermercados da zona ou ao lado do Posto de Turismo, e achar-se mais inteligente que os outros? Muito honestamente, era preferível acabar com este tipo de lugares, porque quando algum veículo realmente habilitado para tal quiser estacionar, esse mesmo lugar de certeza absoluta que vai estar ocupado.
Todos sabemos que o “Tuga” tem hábitos muito próprios e logo por azar estes lugares “especiais” estão sempre colocados estrategicamente junto às entradas principais dos edifícios, mesmo a jeito para quando está a chover e não apetece levar com chuva na cabeça, ou até está calor e andar 50 metros a pé custa um bocado.
Vejamos outro exemplo. Já repararam que existem pessoas que diariamente têm lugar privativo em cima do passeio mesmo em frente à sede da Associação Desportiva de Lousada e ao “Francesinhas e Companhia”? É impressionante a ginástica que os peões têm que fazer quando circulam neste passeio para se dirigirem às piscinas ou ao estádio municipal. Ainda para mais com o campo da feira logo em frente, com tantos lugares de estacionamento disponíveis.
Mas este comportamento repete-se em muitos outros locais da nossa Vila, como na Praça das Pocinhas, ou mesmo no passeio entre a “Assembleia Louzadense” e os Bombeiros e á porta da Padaria Central em hora de ponta.
Outros casos há em todas as nossas freguesias. Junto ao Cruzeiro de Nespereira, no centro de Meinedo, Aparecida e Lustosa.
Qual é a solução para acabar com isto? Multas todos os dias? Se ao que parece a GNR não faz cumprir a lei, pois os automobilistas não se sentem minimamente intimidados, a solução se calhar passa por colocar daquelas bolas de ferro com muito mau aspecto.
Outro caso que não me canso de referir são os estacionamentos abusivos na Rua Dr. Afonso Quintela. Já nem sequer falo no facto de um dos lados da rua ser estacionamento proibido, mas será que não há o mínimo de bom senso para perceber que se estacionarem dos dois lados, o trânsito não consegue fluir normalmente. E em frente à Caixa Geral de Depósitos? Porque é que desapareceu o sinal de estacionamento proibido? Pois, realmente era escusado ele lá estar se ninguém cumpria.
Finalmente e para terminar, uma situação diferente. Já repararam que quando circulamos em direcção a Lousada pela A42, saindo em Lousada Oeste, terminamos numa bifurcação com uma placa bem grande onde está escrito Penafiel – virando à direita, e Lousada/Vizela – virando à esquerda, em direcção ao cruzamento de Ribas. À medida que nos aproximamos da bifurcação, aparece uma placa muito pequenina, que mais parece de fabrico caseiro, que indica Lousada Centro – virando à direita em direcção a Penafiel. Quem conhece, sabe. Quem não conhece, ou não repara e vai dar uma grande volta, ou então muda de faixa abruptamente pondo em risco outros condutores, como já muitas vezes vi.
Será que sou só eu a pôr em causa o tamanho daquela placa, e não haja ninguém competente para resolver este caso?
É necessário que estas palavras incómodas não sejam vistas como uma chamada de atenção arrogante, mas sim como um pedido de compreensão por parte de todos nós. Arrogantes e mal-educadas, são sim as pessoas que depois de lerem isto e terem a noção que erram, continuam a cometer estas infracções.

Visconde d´Alentém


PS: A crónica desta semana é essencialmente "virada" para algumas coisas que se passam por cá (Lousada). O Visconde como Critico Social que é obviamente tem de dar na cabeça a quem lê o jornal regional... É uma "obrigação"...

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