Este mundial está recheado de surpresas e grandes momentos. Finalistas da última edição do mundial eliminados na fase de grupos, grandes golos mas também golos engraçados, um ambiente escandaloso na selecção da França, uma goleada histórica da nossa selecção e, agora, casos escandalosos de arbitragem. E é disso que vou falar.


Em primeiro lugar, no jogo entre Inglaterra e Alemanha, o 'golo' de Lampard, que rematando a bola acertou na trave sendo que esta bateu para lá da linda de golo, cerca de 50 centímetros, batendo novamente na barra, ficando o guarda-redes com a bola nas mãos, de forma segura, não fosse ela de novo para a baliza. Não foi validado, deixando incrédulos, como se esperava todos que assistiam a tal disparate, excepto duas equipas, a da Alemanha e a de arbitragem claro. O melhor mesmo é ver ou rever.




Depois, num outro jogo no mesmo dia, entre a Argentina e o México, quando o jogo estava empatado a zero, num primeiro passe de Messi para Tevéz, o guarda-redes mexicano antecipa-se, a bola regressou aos pés de Messi, que desta feita pica a bola novamente para Tevéz que cabeceou para a baliza. O problema é que no momento do passe de Messi, o Tevéz estava cerca de um metro à frente da linha de fora-do-jogo. Desde logo mostrou a enorme distracção do fiscal de linha. O pior estava para vir. Depois, apercebendo-se do erro através do ecrã gigante presente no estádio, os árbitros reuniram-se mas validaram o golo à mesma. O melhor é mesmo ver ou rever novamente.




Estes casos escandalosos questionam a qualidade da arbitragem para o nível de exigência de uma competição como esta. Mas mais que isso, ocorridos os casos num mundial, irá reforçar a necessidade da introdução das novas tecnologias no futebol.

Já em Portugal, um mal-amado Rui Santos tomou a iniciativa e levantou essa questão, recolhendo assinatura e argumentando muito bem sua posição. Aliás, nessa altura, discutia-se seriamente o uso do sistema 'olho de falcão'. Mas com o tempo isso foi-se apagando. Agora, com o nível mediático de um mundial, essa questão será, certamente, levada a cabo de novo.

Um simples chip numa bola, utilizando o tal 'sistema de falcão' evitaria tão facilmente a polémica do 'golo' de Lampard. Uma simples e rápida repetição do lance do 'golo' do Tevéz evitaria, também, tanta polémica. Estas e tantas outras formas de lutar pela verdade desportiva, contribuiriam em tão grande modo para uma maior justiça no futebol e uma maior qualidade de jogo.

Há muita hesitação e muita especulação perante este assunto, já que as opiniões divergem bastante. Mas, de uma forma concreta, tal como o mundo acompanha a evolução da ciência e das tecnologias, porque haveria o futebol de fugir à regra e continuar na idade da pedra do futebol? Acontece isto com os mais variados desportos, porque tem o futebol de ser diferente, se isso trás imensos benefícios?

Eu tenho uma resposta simples mas levanto a questão...


Mr. Magalhães

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Anonymous Anónimo disse:
Primeiro de tudo, parabéns pelo texto caro amigo Magalhães. E sê bem-vindo ao TaL.
Pois é, estas recentes arbitragens polémicas em jogos do Mundial trouxeram outra vez à baila a questão da implementação das novas tecnologias no futebol. Ora bem eu não acho mal, até acho extremamente importante! Essas ferramentas iriam ajudar e facilitar o trabalho do arbitro. Tem dúvidas? Consultava aparelhos que estavam à sua disposição! É tão simples quanto isto! Ainda hoje ouvi no Jornal da Tarde que a FIFA vai fazer uma reunião, em Julho, no País de Gales para discutir novamente isto... Eu sinceramente espero que desta vez a reunião sirva de alguma coisa e que sejam finalmente tomadas medidas. É essencial para a verdade desportiva. Ok podem dizer que no Argentina-México não ia influenciar porque a Argentina jogou claramente melhor... Mas o mesmo já não se aplica ao Alemanha-Inglaterra...Seria o 2-2, nuns oitavos de final do Campeonato do Mundo... Vocês percebem...
No râguebi isto da ajuda extra ao arbitro já existe. Um grupo de pessoas, fechados numa sala (salvo erro), completamente alheios a clubes estão a ver o jogo e a analisa-lo... Qualquer duvida o arbitro recorre a eles, eles dão o seu parecer e o arbitro decide... Simples mas eficaz...

Um abraço Magalhães
29 de junho de 2010 às 15:11  
Blogger Unknown disse:
Obrigado
lá está... só veio a confirmar o que eu esperava... isto obrigatoriamente leva os 'senhores do futebol' a discutir sobre isto... mas espero que tirem conclusões e abonatórias para o futebol de preferência, e que não se limitem a comer 'tremoços banhados em ouro'!
29 de junho de 2010 às 17:26  
Blogger Menaia disse:
É, de facto as novas tecnologias no futebol iriam fazer com que muitas polémicas acabassem. Além de que, também, seria uma maneira de se evoluir. Já se usa tanto a tecnlogia hoje em dia, porque não usar também no futebol?! É uma win-win situation, quer para os adeptos que evitam dores de cabeça, quer para os jogadores que não ficam frustrados e quer para os árbritos que podem fazer o seu trabalho com mais rigor!

Abraço, e bem vindo ao TaL! ;)
1 de julho de 2010 às 23:36  
Anonymous Anónimo disse:
Ok, até se pode discutir de novo a introdução das novas tecnologias no futebol... Mas com este Blater.. Não me parece... Temos de esperar por uma nova geração de dirigentes dos órgãos máximos do futebol...
Mas sem dúvida que é uma questão essencial! Mas vai lá meter isso na cabeça do Blater...

Abraço e bem vindo ao Thoughts and Letters
2 de julho de 2010 às 14:50