Que me desculpem os seguidores do senhor, mas não vou com a cara dele...

Tal imbirrância talvez se deva um pouco à forma como encaro a politica. Penso que, primeiro, é necessário pensá-la e adquirir experiência de vida para que se possa vir a exercê-la convenientemente.

Em Portugal, tendo em conta o que assistimos, não são muitos a encarar a politica dessa forma, o que aliando um considerável leque de senhores bem falantes, dotados da mais eloquente das retóricas e envergadores de belos fatos Armani, a uma população cada vez mais desinteressada de tais campos e desconhecedora das reais dificuldades com as quais o país se debruça, nos conduziu a anos sucessivos de má política e maus governos que começam agora a dar os seus frutos.

E é esta a face da mudança...
Ou talvez não...

Chegou à politica muito novo, nomeadamente, através da juventude do Partido laranja e lá foi trepando os galhos da estrutura hierárquica da coisa, acumulando função atrás de função, cargo atrás de cargo.

Com 36 anos licenciou-se finalmente em economia, numa faculdade privada, e desde então manteve sempre a politica como a prioridade da sua vida; misturando-a com a sua suposta carreira profissional (enquanto licenciado em economia); fazendo mesmo dela, à boa moda Portuguesa diga-se, a sua principal profissão.

Ora qual o mal disto? No fim de contas, este foi um individuo que desde sempre se interessou na politica e que sempre tentou desenvolver algo em prol dessa, a minha imbirrância talvez seja apenas uma manifestação grosseira de senso-comum ou daquela veia Portuguesa que gosta de mal-dizer de tudo. Tanto o interesse, como o empenho, como a participação na politica nacional devem ser bem-vindos e motivados pela sociedade.

Mas convenhamos? Fazendo uma retrospectiva, foi Passos Coelho que deu mais à politica e aos Portugueses? Ou foi a politica que proporcionou a Passos Coelho, até aqui, uma existência próspera e, principalmente de há uns tempos para cá, consideravelmente mediática?

Pois...

Inclino-me seriamente para a segunda opção exposta.

Em Março de 2010 tornou-se no líder da maior força de oposição ao PS e ao governo de Sócrates e desde então digamos que não mais parou, tentando brincar ao máximo com o circo mediático que sempre envolve a carreira de um politico badalado, de forma a adquirir para si o maior grau de popularidade que lhe seja possível, tendo certamente já em vista a séria possibilidade de vir, nas próximas legislativas, a ser nomeado para o cargo de Primeiro-ministro.

Porém, por trás de reuniões com Sócrates, palavras duras proferidas em plena televisão Espanhola e propostas de revisão Constitucional, numa altura talvez um pouco inoportuna, que apontam no sentido talhar um Estado cada vez menos interventivo livrando-o de responsabilidades a níveis tão sensiveis como o da educação e saúde, por exemplo, uma questão impera: quais as suas verdadeiras capacidades para ser a face da mudança de que o país tanto necessita?

Talvez injustamente, mas Passos Coelho parece-me, pelas razões sucintamente expostas, ser apenas mais um mestre da boa retórica, munido com voz de locutor, que sempre viveu através da politica e que pretende agora chegar ao ramo mais alto da árvore, utilizando nesse sentido todas as armas que estão ao seu alcance, desde a comunicação social à engrenagem Constitucional .

Ora, escusado será dizer que conciliar no mesmo saco a procura do bem comum e do bem pessoal nunca deu bom resultado e não me parece que desta vez venha a ser diferente. Pedro Passos Coelho pode ter o carisma, a imagem, a voz, a inteligência, estar no sitio certo à hora certa e aproveitar-se disso para se mediatizar cada vez mais, procurando assim revelar-se como uma face de mudança, mas, podendo estar errado, por trás de tudo isso, as medidas que propõe assemelham-se, a meu ver, a algo oco e em nada diferente daquilo que temos vindo a suportar ao longo dos últimos anos.

Terminando citando Nilton: “O seu filho tem um talento especial para nada! – comunicou um professor com a voz embraiada. Os pais orgulhosos, abraçaram o filho que permanecia sentado no gabinete do reitor.(...) É hoje politico destacado e gestor de empresas públicas quando o seu partido não está no poder. Continua a ser o orgulho dos pais”.
In, O Pai Natal não existe

Escapará Passos Coelho a este irónico estereótipo? Eu já me manifestei, é a vossa vez. Opinem.

Vão dando sugestões de temas que gostariam de ver abordados.

Cumprimentos.


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O quê? Já estamos a gravar? ups..
Olá pessoal!
É só para dizer para quando comentarem, não insultarem ninguém (a não ser que tenham razão :D), não fazer Pub., e principalmente não desiludir a vossa mãe, e ser bem-educado ;)
(Ou podes também fazer o contrário de tudo, mas arriscas-te a ver o teu comentário apagado! :D)
Vá agora deixa-te de merdas e comenta! ;)
Thanks!

Anonymous Anónimo disse:
Boa Noite João Miguel
Obrigado pelo teu (bom) regresso ao TaL. Espero que sejas uma contratação tipo Moutinho, um valor já certo que vem acrescentar muito a uma equipa :)

Agora falemos do Passos Coelho...

Infelizmente ainda temos políticos que já não se movem por convicções, simplesmente aproveitam-se dos partidos para chegar ao poder. Este Pedro Passos Coelho acaba de envergonhar os fundadores do seu partido...Como é possivel um dirigente que passou pela JSD, aprendeu com Sá Carneiro o que era a Social-Democracia e que vem agora com uma revisão que, para além de não ter nada a ver com a ideologia do partido (social-democrata), é um regresso ao passado...

Este senhor antes de ser eleito prometeu mundos e fundos e para já é só mais um...
Sangue novo? Não, mais do mesmo...
E a isso eu digo "Não, obrigado!"

Sim, caiu no irónico estereótipo. Aliás até diria que o Nilton estava a prever o futuro do PSD...

Um abraço João Miguel e obrigado :)

Até ao próximo "Palpitando"
28 de julho de 2010 às 00:13  
Blogger Micael Sousa disse:
Acho que estão a criticar Injustamente Pedro Passo Coelho. Admiro-o pela sua rectidão e coragem de assumir verdadeiramente a sua opinião, de trazer para a opinião pública o debate político ideológico.

Já há muito que o PSD esqueceu a Social-Democracia. Hoje essa estrutura partidária assume a plenos pulmões aquilo que já era evidente para quem acompanhava a vida política desse partido e dos seus actuais líderes - a defesa da ideologia Neoliberal.

Repugno as propostas de cariz neoliberal, por isso repugno as actuais propostas do PSD. Mas sejamos justos, esta posição de Pedro Passos Coelho (PPD) merece o nosso respeito pela congruência e assumir das suas verdadeiras intenções. PPD fez um grande favor a todos os restantes políticos e população em geral, tendo contribuindo para que todos definissem as suas posições. Parabéns ao Homem enquanto actor político! O meu repudio face a natureza e qualidade das propostas que atentam contra o já frágil Estado Social Português.
28 de julho de 2010 às 11:24  
Blogger edgehead disse:
"Admiro-o pela sua rectidão e coragem de assumir verdadeiramente a sua opinião, de trazer para a opinião pública o debate político ideológico."

Mas a questão é justamente essa...Todo esta exuberante tentativa de trazer para a opinião pública deve-se a quê? A um projecto de país que o líder do PSD tem em mente ou a uma mera forma de mediatização da sua pessoa? É isso que não compreendo e é relativamente a isso que peço a vossa opinião...

E quanto à questão da revisão constitucional? Pode-se dar uma revisão constitucional ordinária de 5 em 5 anos...Mas poder é diferente de dever...Para quê atentar desta maneira contra o Estado social? Para simplesmente marcar posição enquanto neo-liberal? É isso que eu no fundo não consigo compreender e me desperta desconfianças relativamente ao Passos Coelho: será que o tipo tem efectivamente um programa coerente para o país ou é apenas mais um a aproveitar-se da fragilidade de um governo perante a opinião pública, apresentando assim meia dúzia de propostas peremptórias, mas na verdade talvez ocas, apenas com o objectivo de chegar ao ramo mais alto da árvore?

Cumprimentos.
28 de julho de 2010 às 18:26  
Anonymous Editor disse:
Meu caro, discordo com 99% do teu artigo .

Tal como defendi em Março quando o defendi na campanha interna para a liderança do PSD, Passos Coelho é o futuro. Sim, o futuro de uma nova geração de gente que, para mim, está mais capacitada para saber governar este país.

1 Ponto - Quem é o português que pode acusar o passado de alguem quando este mesmo povo escolheu por duas vezes um pseudo-engenheiro com um curso "tirado" tambem numa privada, com exames a um domingo?!

2 Ponto - Sim, Passos Coelho dedicou-se à politica durante muitos anos..isso faz deles menos competente?!Terá de ser a politica sempre um escape para aqueles que não se "safam" na universidade?! Eu estou e tirar uma licenciatura numa das mais prestigiadas faculdades do país e quero seguir pelo ramo politico, isso não faz de mim mais ou menos que os meus colegas ! Mas ja agora uma curiosidade..caso nao saibas ha um grupo restrito de deputados que tem um subsidio vitalicio algo chorudo depois de exercer as suas funções. Até hoje só houve uma pessoa que recusou esse subsidio, alegando que estava a ser injusto perante os outros portugueses..sabes quem é? Pedro Passos Coelho ! ;)

4 Ponto - Passos Coelho usou o partido para subir no poder?! Entao onde estava esse partido quando ha 2 anos atras, salvo erro, o enchuvalhou das listas do partido?! Pois, mas quando ganhou a primeira coisa que fez foi chamar os seus concorrentes !

5 Ponto - Aqui entra o 1% que concordo contigo : a revisao constitucional . Sabendo de antemao que nos proximos anos não sera preciso ministro da economia / finanças, visto ser o FMI que controla o país, nos proximos anos, os governos que se seguirem terao de se dedicar a 3 aspectos : educação, justiça e administração interna. E aí Passos, mexeu-se..se concordo com as propostas? com poucas ! É contra a ideologia do partido? C'mon, onde esta o socialismo do PS?

Não arranjem merdas para o homem, ele vai ser o proximo primeiro-ministro, livrou Portugal de ser a proxima Grécia pelo menos a curto prazo.

Querem criticar? Esperem ate ele chegar ao poder ! Estavam à espera de um Obama de Direita ou de um S. Sebastiao que nos tirasse na crise?

PS: Desculpem se fui um pouco "violento" no post ;)
28 de julho de 2010 às 20:10  
Blogger Knuckles disse:
Concordo 100% com o teor da crónica, e lamento dizer-te isto Editor mas tudo sobre o qual contra-argumentas é falacioso.

O primeiro contra-argumento anulasse a si mesmo. É não aprender com o erro. E para se ser político não é requerido nenhuma licenciatura ou algo do género, deprimente é sim viver à custa da política, num país onde existem mais deputados do que cadeiras na assembleia.

No segundo argumento cais no erro de seres atingido precisamente por aquilo que o partido quer, o sensasionalismo barato. Já aquando a proposta da doação do 13º mês ou da redução do salário político, a tal que foi recusada, dizendo na altura o vento parlamentar que era mais simbólica do que prática, se falou nesse nobre lado do cantor de ópera laranja. Pois bem,cada um dos deputados na AR é um pequeno Manuel Alegre "in vitro", pequenos embriões parasitas prontos a receberem 4 reformas, e quando necessário abdicam de uma simbolicamente. Ou pensas que se esse dinheiro não tivesse cobertura posterior ele abdicaria assim tão beneficamente dele?

Depois é notória a forma como ele subiu na vida à custa do partido, que se diga que este fez mais pelo próprio líder que o último pelo partido. Aproveitando-se de uma derrota da "dama de ferro" e numa altura debilitada das coisas, onde nem o astuto símio madeirense grunhia, subiu ao poder com a imagem de salvador nacional.

Mas eu pergunto: o que mostrou ele? Quais as suas credenciais? Salvou o país? Como? Aliando-se matreiramente ao PS, ficando com o abono da situação enquanto o partido Rosa abria o peito às balas?

Quanto a mim ele ainda tem muito que demonstrar para convencer os mais cépticos, como eu.
28 de julho de 2010 às 20:31  
Anonymous Editor disse:
Ahah eu sabia que um dia haviamos de ter uma discussão sobre qualquer coisa .

No primeiro ponto, é injusto usar Passos Coelho como bode expiatorio. Visto por esse ponto de vista, 90% da AR (que esta absurdamente repleta) está cheia de "deputados" que usam a dita assembleia para estar na net a receber mails de ordem pessoal. E esses comparado com Passos, sao verdadeiras sanguessugas .

No segundo ponto, se é assim tão banal porque é que nem os deputados comunistas abdicam do mesmo?! Ah e salvo erro, até foi o CDS que considerou a proposta de reduçao de salarios dos deputados uma proposta "populista" quando comparada com os gastos nas obras publicas.

No terceiro não consigo sequer compreender..é verdade que começou na JSD e foi "subindo" dentro do Partido até chegar ao poder..sinceramente espero um dia chegar onde ele chegou, isso faz de mim um tipo que precisa da poltica para subir na vida?! Aqui compreendo quando falas em "falacioso", mas se reparares é um pau de dois bicos.

Por fim, ajudou o país quando este precisava senão vejamos: Socrates precisa de subir impostos, Passos recusa, o país para, Socrates tem de sair, há eleiçoes Passos como recusou a subida de impostos, ganha, e depois?! com isto, Portugal ficava como a proxima Grecia . Epa nao é a solução ideal, mas haveria outra solução imediata na altura?! Pessoalmente nao me parece.

Passos está na oposição desde Março, queriam ver o quê que ainda nao viram?! Ja disse, critiquem mas antes deêm-lhe tempo !
28 de julho de 2010 às 20:49  
Blogger Knuckles disse:
Em primeiro lugar eu dou ao tipo todo o tempo do mundo e todo o crédito, mas temos de avaliar consistentemente pela maneira como tem mexido as peças no tabuleiro até ao momento...

E se é verdade que se aliou ao governo para evitar que a crise assumisse a vertente social, não é menos verdade que outros partidos políticos se abstiveram da votação no orçamente de estado (como o CDS), com a finalidade de evitar o mesmo cenário. Contudo, estes não colheram nenhum fruto da decisão, quanto ao senhor Coelho essa veio posteriormente a dar o dito por não dito, para sair bem na fotografia da qual compactuou e não deixa de ter os seus 50% de culpa meritória.

Por outro lado um tipo que com a sua idade concluí o curso na privada camuflando essa mesma lacuna com a sua "agitada" vida política demonstra bem o que se quer dizer com o "viver à custa do partido". Falo por mim quando modestamente afirmo que não o censuro por ter escalado a montanha, mas sim pelo motivo que a escalou.

Por fim é mais do que certo que irá vencer as próximas legislativas, ou não estivesse já arquitectado o astuto plano nesse sentido. Deixo para tecer as minhas considerações então.

Mas não é um tipo que apresenta as suas credenciais que me parece indicado para liderar o país. Pura e simplesmente ainda não fez nada que o justificasse, nessa gratificante moldura dourada onde tendem a inseri-lo.
28 de julho de 2010 às 21:27  
Blogger edgehead disse:
Boas noites.

Bom, em minha defesa não poderei acrescentar muito mais do que aquilo que foi dito pelo Knuckles, caro Editor.
De qualquer forma, uma notas rápidas, até porque estou com preguiça para escrever, lol...

1- Aí é que está, o que não falta no quadro politico Português são "engenheiros" desta natureza, creio que um pouco mais de credibilidade neste nível, ajudava-o a solidificar bem melhor a "face de mudança" com que se pretende apresentar.

2- Aceito perfeitamente que tenhas uma perspectiva diferente da minha neste ponto, aliás, esse foi talvez o argumento de cariz mais subjectivo que utilizei. Sim, qualquer um deve demonstrar interesse pela politica e a sua participação nela é louvável. Contudo, pessoalmente, creio que existem etapas a percorrer antes de te dedicares a ela como uma prioridade. A meu ver, primeiro há que se investir no campo académico de forma a se especializar em algum sector chave com utilidade no mundo da politica, depois adquirir maturidade e só então alguém está plenamente pronto para efectivamente vir a desempenhar um cargo politico com a mais plena das competências.

3- Quanto à questão de chamar os concorrentes, lá está, são os jogos de bastidores politicos, num partido acabas por ter a força daqueles que te apoiam e se começas a criar muita instabilidade interna não duras muito, o Passos Coelho é astuto o sufeciente para o saber, assim como foi, tal como realçou o Knuckles, para "atacar" a liderança da tia nelinha num momento de maior fragilidade.

Repara Editor eu não estou a crucificar o homem, aliás, pelo bem de todos nós, espero estar redondamente errado. Digamos que isto não passa de uma dissimulada tentativa de sondagem da minha parte.

Em suma, estamos perante aquele que será certamente o nosso próximo 1º ministro e que se tem esforçado para transmitir uma mensagem de mudança, eficácia e competência, a partir disto, limitei-me a juntar os factores que me suscitam dúvidas relativamente ao que este senhor pode efectivamente vir a revelar-se.

Cumprimentos.
28 de julho de 2010 às 22:19  
Anonymous Anónimo disse:
O país nunca irá para a frente enquanto continuarmos a discutir pormenores insignificantes.

Estão aqui a discutir que um fez o curso ao domingo, o outro só subiu na vida à custa da politica...
Meus caros o que é facto, é que esses dois senhores são os mais evidentes candidatos a primeiro-ministro... Não há dúvidas disso. Por isso é inútil estar a discutir a origem de cada um deles e o cada um defende porque da maneira como o povo português é estúpido e ignorante isso até nem interessa. O que interessa é que um deles sirva os "interesses" (mesmo?) do povinho... Se este Passos Coelho disse-se que acha absurdo o casamento homossexual era logo jubilado pelas pessoas... O povo gosta é de dogmáticos e de populistas. Ninguém quer saber o que é que eles apoiam ou quais são as suas ideologias... Não dá, muda-se... Desculpem mas esta é a pura realidade. Não digo isto para todos, como é óbvio, estou a generalizar...E ao estar a generalizar estão a dizer a maioria...
Quem mais sabe e quem mais seria capaz não está no devido lugar...Infelizmente é isso que acontece.

Um abraço
28 de julho de 2010 às 22:42  
Blogger edgehead disse:
"O país nunca irá para a frente enquanto continuarmos a discutir pormenores insignificantes. "

Não vejo onde é cruzar pontos de vista de forma a se tentar compreender qual a verdadeira competência daqueles que nos governam seja uma discussão sobre "um pormenor insignificante".

Vivemos numa democracia, temos de fazer escolhas e então temos de ponderar vantagens e desvantagens de cada uma, não podemos simplesmente seguir um caminho às cegas e depois voltar para trás e "mudar-se" se esse não se revelar como o mais acertado.

Cumprimentos.
28 de julho de 2010 às 22:47  
Anonymous Anónimo disse:
O ponderar vantagens e desvantagens de cada uma das opções não interessa muito. Tu e estes que aqui comentam são dos poucos abençoados entre milhões de hipócritas...

É isso que queria dizer entendeste?

No fundo, a escolha não é tua...

Abraço
28 de julho de 2010 às 22:52  
Anonymous Anónimo disse:
@ Che

Mas se ninguém abrir os olhos a ninguém continuaremos na cepa torta...
28 de julho de 2010 às 22:56  
Blogger edgehead disse:
"O ponderar vantagens e desvantagens de cada uma das opções não interessa muito. Tu e estes que aqui comentam são dos poucos abençoados entre milhões de hipócritas...

É isso que queria dizer entendeste?

No fundo, a escolha não é tua..."

Oh, claro que compreendo, mas não podemos seguir essa linha negativa, meu caro!

Somos uma nova geração...uma geração que teve o privilégio de estudar e que a meros clicks acede a resmas de informação, se não formos nós a mudar mentalidades, vamos continuar a afundarmo-nos e é isso que temos de evitar.

Cumprimentos.
28 de julho de 2010 às 22:57  
Anonymous Anónimo disse:
Mesmo que tu faças muito por uma coisa, não vais conseguir mudar a podre mentalidade dos portugueses... Do vira o disco e toca o mesmo... É necessário reagir claro. E vocês fazem-no bem aqui neste blogue, mas o que é facto é que os portugueses são um povo muito influenciável e uns autênticos "Maria Amélia" (a celebre expressão Maria vai com os outros)
28 de julho de 2010 às 22:58  
Blogger James Reis disse:
Ao menos o Pedro Passos Coelho lançou uma ideia de oposição. Lançou uma alternativa.

Lançou uma hipótese de os portugueses saberem com aquilo que contam quando o elegerem para PM. E sim, ele vai ser PM!

E como não vai ser difícil ele ser eleito as pessoas já sabem com o que contar e não se podem queixar.

Finalmente alguém vai acabar com o ensino público que é uma autêntica bandalheira (desculpem os modos) e vai pôr alguma ordem naquilo. O SNS bem precisa de um abanão também... E para isso conto com o excelentíssimo novo líder do PSD.

Felizmente ele lançou algo diferente e arrojado. E isso será muito difícil de digerir para muitos.

Eu aposto e confio nele. Apesar de tudo o que vocês dizem acerca dele. Ele é um bicho politico.

Passem bem meus caros.

Retiro-me.
28 de julho de 2010 às 23:40  
Blogger edgehead disse:
"Finalmente alguém vai acabar com o ensino público que é uma autêntica bandalheira (desculpem os modos) e vai pôr alguma ordem naquilo. O SNS bem precisa de um abanão também... E para isso conto com o excelentíssimo novo líder do PSD."

James, achas que retirar as questões relativas à educação e saúde do leque de obrigações do Estado é dar-lhes o abanão de que precisam? Não será mais retirar da responsabilidade do Estado situações que Marias de Lurdes Rodrigues e afins ajudaram a construir?

Cumprimentos.
28 de julho de 2010 às 23:46  
Blogger James Reis disse:
"Não será mais retirar da responsabilidade do Estado situações que Marias de Lurdes Rodrigues e afins ajudaram a construir?"

Que questões?

Meu caro rapaz, a escola está em tal estado que um simples abanão não basta. Os professores estão descontentes, as direcções das escolas sentem-se impotentes... Enfim, estamos a fugir da questão...

Retiro-me
28 de julho de 2010 às 23:51  
Blogger edgehead disse:
"Meu caro rapaz, a escola está em tal estado que um simples abanão não basta. Os professores estão descontentes, as direcções das escolas sentem-se impotentes... Enfim, estamos a fugir da questão..."

Pois...e como o cenário está negro, vamos lá sacudir a água do capote, é isso?
29 de julho de 2010 às 00:01  
Blogger Knuckles disse:
"Por isso é inútil estar a discutir a origem de cada um deles e o cada um defende porque da maneira como o povo português é estúpido e ignorante isso até nem interessa"

Generalizar está na moda. Quanto à tua opinião acerca do povo português não me vou pronunciar, mas tem em atenção que estás a falar do meu povo, da minha bandeira, e por isso pelo menos da minha parte peço um pouco de eufemismo por esses lados.

"Se este Passos Coelho disse-se que acha absurdo o casamento homossexual era logo jubilado pelas pessoas... O povo gosta é de dogmáticos e de populistas".

O povo poderia hipoteticamente manifestar-se pois foi dada a ordem de uma alteração social de épicas proporções sem o seu consentimento, só para ficar um legado de um líder político que não deixa nenhuma obra pública para deleite dos seus opositores partidários.

"Lançou uma hipótese de os portugueses saberem com aquilo que contam quando o elegerem para PM. E sim, ele vai ser PM! "

Isso nem se coloca em cima da mesa. Mas já agora a temática que abordas, em tons de cor-de-rosa, sobre privatizar a torto e a direito, é brilhante. Simplesmente privatizamos tudo e os problemas como que miraculosamente estão resolvidos, sem planos prévios, sem medidas radicais, privatizar para capitalizar! Boa.

Eu ainda vou ser daqueles que da minha poltrona me vou rir a ver um governo similar ao de Santana Lopes. É que quando a quantia é muita, o pedinte estranha... e de que maneira.
29 de julho de 2010 às 00:11  
Blogger Unknown disse:
Com muita pena minha tenho de concordar com o que o che diz.
Não com tudo obviamente, pois também não acho isto pormenores insignificantes, além de que ter este tipo de discussões é bastante saudável, melhor ainda sendo nós a 'nova geração' (espero eu). Mas o que é facto é que realmente a grande maioria deste povo são umas autênticas pedras. E isso não vale a pena tentar mudar, pois pedras são pedras e continuarão a ser pedras. Temos de esperar alguns anos até que isso mude e as pedras dêem lugar a algo parecido mas em plasticina, de forma a ser mais moldável.

Realmente a nossa geração tem de trazer um sangue novo a este povo... penso que os jovens são bastante cultos e cientes da realidade cada vez mais cedo (devido à tal facilidade de num simples click acedermos a todo o tipo de informação).
Mas também é verdade que continua a haver uma grande parte de gente da nossa faixa etária (prefiro não os incluir na nossa denominda 'nova geração' que ainda tem muita merda na cabeça e que, com certeza, não pensa sequer na situação do país e, sequer, em melhora-la.
Mas, claro, temos de passar por cima desses, e continuar na nossa luta por um novo tipo de mentalidade... que ligue menos a promiscuidades e que passe a preocupar-se com o que é realmente necessário... trabalhar com gosto e ânsia de conseguir algo com isso, esquecer as manobras de corrupção (isto vai haver sempre em qualquer parte), mas principalmente a ter uma mentalidade mais aberta e receptiva a novas ideias capazes de melhorar algo.

Quanto ao real teor desta crónica, o Passos Coelho, só tenho a dizer que também acreditava que ele iria trazer algo novo e bons ares para o PSD que ainda cheira a mofo, com todos aqueles Velhos do Restelo. E continuo a acreditar um pouco nisso. Mas de facto, com algumas propostas apresentadas por ele, como aquelas mexidas na base da nossa sociedade, na saúde e na educação, talvez não seja muito coerente quando grande parte da população já tem imensas dificuldades em manter os filhos na escola, em ir ao médico ou o simples comprar de medicamentos. É realmente complicado, mas vejamos por outro lado: Passos Coelho está a tentar fazer algo que ninguém tem coragem de fazer... apresentar medidas radicais pois só com medidas radicais e a curto e médio prazo de validade serão capazes de mudar alguma coisa... quaisqueres outras medidas mexerão apenas um minúsculo pedaço de alcatrão da longa estrado que temos de construír... mas claro estas poderão não ser as medidas mais fiáveis... mas talvez outras medidas também elas radicais serão capazes de tal... acreditemos que sim.

Estou um pouco como o Micael, em que diz apoiar o comportamento de Passos Coelho, mas repudiar as propostas do PSD (pelo teor em si).

Cumprimentos a todos.
29 de julho de 2010 às 00:21  
Blogger Unknown disse:
* (prefiro não os incluir na nossa denominda 'nova geração') que ainda tem muita merda na cabeça e que, com certeza, não pensa sequer na situação do país e, sequer, em melhora-la.


É preferível tal correcção para evitar confusões na compreensão do dito.
29 de julho de 2010 às 00:24  
Blogger James Reis disse:
Não és tu que que apoias o CDS? Ou apoias sem saber o que eles defendem? Parece-me que és mais um dos muito que não sabe o que diz e que no fundo se contradiz...
29 de julho de 2010 às 00:37  
Blogger James Reis disse:
^
Resposta a um tal de Knuckles...
29 de julho de 2010 às 00:39  
Blogger Knuckles disse:
LOL, a minha ideologia política a mim me diz respeito.

E mesmo que tivesse uma susceptível de se tornar pública não a seguiria religiosamente. Nada é perfeito e não temos de concordar com tudo o que nos é dado. Devemos sim manter um espírito aberto e a opinião crítica bem acesa.

PS: E podes-te retirar ;)
29 de julho de 2010 às 00:45  
Blogger edgehead disse:
"Não és tu que que apoias o CDS? Ou apoias sem saber o que eles defendem? Parece-me que és mais um dos muito que não sabe o que diz e que no fundo se contradiz..."

Pah, o James, desculpa lá, mas vou ter de entrar em defesa do knuckles aqui, desde quando é que por apoiar-mos um partido temos de concordar com tudo o que ele defende? Penso que todos ainda temos direito à nossa pósição pessoal, aliás, tema a abordar em futura crónica até poderia muito bem vir a ser a partidocracia em que parece ter caído a nossa querida democracia, uma vez que hoje em dia até parece que ser-se do CDS e ser-se, por exemplo como a Teresa Caeiro, a favor do casamento homossexual é algum crime!

Uma pessoa até pode ser o maior dos neo-liberais, mas tal não implica que não tenha consciência que a privatização de um sector acarreta grandes alterações e não é algo que se possa fazer do pé para a mão ou como forma de descarregar uma responsabilidade que até aqui...efectivamente...esteve muito concentrada nas mãos do Estado!
29 de julho de 2010 às 00:48  
Blogger James Reis disse:
Óbvio. Então não me venham com dogmatismos ok rapazes?
Passem bem :)
29 de julho de 2010 às 01:02  
Blogger edgehead disse:
Oh, então para a próxima não utilizes argumentos como se pertences a Partido X tens de defender Y...
29 de julho de 2010 às 01:11  
Blogger James Reis disse:
Ai eu é que sou o dogmático? Ui que isso está mau meu amigo :)
29 de julho de 2010 às 01:21  
Blogger edgehead disse:
"Ai eu é que sou o dogmático? Ui que isso está mau meu amigo :)"

Pois meu caro, não sei se és dogmático nem quero saber porque não te conheço de lado nenhum para tecer comentários sobre a tua pessoa assim como tu também não me conheces de lado nenhum para teceres comentários sobre a minha.

Agora, que usaste um argumento um bocadinho, vá, parvo, usaste. Se quiseres voltar ao tema a que se prende o texto força, se quiseres explicar-me o que é ser dogmático, lamento mas não estou interssado.
29 de julho de 2010 às 01:38  
Blogger Menaia disse:
Vá, meus caros, vamos lá a manter a calma! E isto serve para todos... Isto é política, sei que os temas que envolvem isso são sempre quentes e geram debate, mas não se exaltem.

Ah, e deixo este comentário também para te dar as boas-vindas novamente, João, ao TaL. :)

Como já te disse, eu de política não percebo muito, talvez por ainda ser novo de mais e não compreender algumas coisas... Portanto vou me abster de comentários.

(e já agora, porém, para quem estiver interessado, fica aqui uma crónica que li no Jornal de Negócios, do João Quadros, que pessoalmente até gostei http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=435237)
29 de julho de 2010 às 13:27  
Anonymous Anónimo disse:
Para rematar e justificar de uma vez por todas a minha posição deixo aqui um excerto de um texto que vi numa crónica de um jornal:

"Não que o grande público perceba alguma coisa do que eles dizem, ou do que prometem. Existe uma saturação generalizada de tanta conversa, tantos senhores a debaterem temas que podem ir da revisão da Constituição, ao plantel do Benfica.

Eles falam, falam, mas o cidadão só sabe que cada dia o dinheiro chega para menos, e de há tantos anos ouvirmos dizer que vivemos em crise, e que a dita vai passar já dentro de pouco tempo, não há dúvida de que não resta expectativas sobre o futuro que eles discutem."

Será que me fiz entender?
29 de julho de 2010 às 20:05